3 perguntas para Ricardo Balestreri

O secretário de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária conta como foi o processo de elaboração da normativa que vai reger, a partir da próxima semana, a atividade do serviço de inteligência da Polícia Militar

1. ­ Foi fácil chegar a um consenso e estipular as regras da normativa?

Foi surpreendentemente fácil, de muito consenso, bom senso e um reconhecimento de todos de que depois de tantos anos, realmente, era necessária que a estrutura de governo reconhecesse esse trabalho e desse a importância que ele merece. A atuação da PM2 sempre ocorreu, eu diria, de forma muito fragmentada, mas superamos isso. A realidade antes é de que se tratavam de inteligências no plural, sem trazer conclusões padronizadas. Havia, dentro da própria PM, um anseio para que isso fosse reelaborado para que se tivesse o status merecido.

2. ­ A normativa proíbe a atuação da PM2 naquilo que é competência da Polícia Civil. Na prática, isso é um pouco difícil de separar, não?

A diretriz veta completamente a atividade de PM2 naquilo que se confundiria com a atividade judiciária. A atividade da Polícia Civil está definida em lei, já a atividade de inteligência da PM é absolutamente necessária, porque é de coleta. Tem gente que confunde, dizendo que não deveria ter, mas a atividade de inteligência é o cérebro da política ostensiva, o que é diferente de investigar crimes.

3. ­ Como fica a atuação da PM2 em protestos?

Fica vedada a operação. E operar é diferente de informar. Em qualquer lugar onde se tem multidão, você precisa da polícia analítica. O poder público não pode ser pego desprevenido por qualquer fenômeno. O Estado tem obrigação de estar bem informado das situações.

Fonte: OPopular

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