Candidatos às vagas aos cargos de agentes e escrivães da PCGO são insuficientes para preencher o número de vagas oferecidas.
A Secretaria de Gestão e Planejamento do Estado tornou público o resultado provisório da avaliação médica para provimento das vagas dos cargos de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia Substitutos da Polícia Civil de Goiás, que visa pagar subsídio de R$1.500 aos futuros policiais civis goianos.
O resultado, por óbvio, não poderia ser outro, senão sequer o preenchimento do número de vagas e o baixo interesse na continuidade das demais fases do concurso. Das 280 vagas oferecidas para o cargo de agentes de polícia substituto, apenas 152 delas foram ocupadas na fase de avaliação médica, enquanto que das 220 vagas oferecidas para o cargo de escrivão de polícia substituto, apenas 140 foram preenchidas na mesma fase. Restaram ainda 2 candidatos sub judice.
Necessário se faz recordar que a próxima fase será a de avaliação da aptidão física dos candidatos, na qual são comuns algumas desclassificações/eliminações, o que poderá insurgir em um número ainda menor de concorrentes às vagas.
O SINPOL esclarece que, infelizmente, não observa com surpresa o resultado tão aquém dos concursos públicos amplamente concorridos por todo país, e até mesmo nos anteriores para preenchimento de vagas na Polícia Civil de Goiás, sempre extremamente buscados por brasileiros de todo país e até outros, residentes fora do Brasil. O baixo interesse representa, sobretudo, o que a entidade defende desde o início das discussões na criação dos novos cargos, o de que um subsídio de R$1.500 não sustenta o interesse na profissão e não repercute de forma positiva em um país no qual vemos que as forças policiais têm sido nocauteadas pelos governos.
A prova maior do descaso com a segurança pública, não bastando estar sendo noticiada e divulgada há anos pela mídia nacional e internacional, se faz comprovar pelas barbáries ocorridas nos presídios de todo o Brasil nas últimas semanas.
Assim como o cidadão de bem observa o quão são desrespeitados seus policiais pelos governos, de igual maneira aqueles que estão à margem da sociedade, os denominados reeducandos e/ou marginais, também possuem igual percepção, se regozijando de tal modo que se sentem “autorizados” a promover ações criminosas bestiais, como as vistas em Manaus e Roraima, adiantando-se à certeza de que o efetivo policial é insuficiente para se impedir a violência, bem como pelo conhecimento quanto à desmotivação dos policiais brasileiros, a ponto destes passarem a considerar se há algum tipo de compensação em arriscarem suas vidas diante de circunstâncias temerosas como as atuais, uma vez inexistindo investimentos na melhora da sua própria qualidade de vida e de sua família.
O SINPOL reafirma sua posição no sentido de que os policiais civis goianos merecem respeito e valorização, e que por consequência, diante da ausência de uma estrutura decente e um salário digno, impossível se fazer segurança pública de qualidade.
Destacamos que as ações judiciais prosseguem nos Tribunais Superiores, estando o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade relativa ao concurso dos R$1.500, no Tribunal de Justiça de Goiás, prevista para o próximo dia 25/01/2017.
Fonte: https://www.sinpolgo.org.br/
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