Catador de recicláveis é preso suspeito de matar motorista por aplicativo em Goiânia

Um catador de materiais recicláveis foi preso nesta terça-feira (3) suspeito de matar o motorista por aplicativo Ismael Ribeiro, de 55 anos, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, câmeras de segurança flagraram o momento em que Uingles Queiroz Costa, de 37 anos, deu uma facada no pescoço da vítima. O investigado já tinha sido detido há seis anos, por jogar uma bomba dentro de um ônibus.

Ao delegado Francisco Costa, da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) de Goiânia, o suspeito confessou o crime, mas disse que não teve intenção de matar o motorista. Para o delegado, houve a intenção de morte. “Essa história de que a vítima poderia ter pegado alguma coisa dentro do carro e ameaçado o suspeito, não foi confirmada pelas testemunhas no local. A vítima não chegou nem a descer do carro, ela estava sentada quando tomou a facada”, descreve o delegado.

Ismael, que trabalhava como motorista por aplicativo há uma semana, foi esfaqueado na noite de segunda-feira (2), na Rua T-59, no Setor Bueno. As imagens obtidas pela polícia mostram quando o catador coloca um capuz, se dirige até um carrinho, pega uma faca e fere o motorista. Em seguida, ele foge.

Mesmo esfaqueado, Ismael dirigiu na contramão até chegar a um hospital particular que fica a 200 metros de onde foi ferido. O motorista bateu o carro na porta de vidro da recepção e chegou a ser socorrido por médicos da emergência, mas não resistiu. O corpo dele foi enterrado nesta terça-feira (3).

O suspeito foi preso pela Polícia Militar perto da quitinete onde mora no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, nesta tarde. Uingles Queiroz trabalha como catador de materiais recicláveis e usa um terreno baldio ao lado da sua residência para separar o material recolhido nas ruas.

O coronel da Polícia Militar, Edson Moura, disse que o suspeito alegou, na hora da prisão, ter uma desavença com o motorista porque ele passou com o carro em cima de materiais que ele iria reciclar.

Bomba

O delegado Francisco Costa lembra que Uingles Queiroz já tinha sido preso por explodir uma bomba artesanal em um ônibus do transporte coletivo, em janeiro de 2013, na capital. “Ele foi condenado por esse fato e já cumpriu pena”, disse.

À época, alegou que ele mesmo fabricava os artefatos e os carregava consigo para “se defender”. Uma estudante de 19 anos teve 42% do corpo queimado nesse atentado de 2013, e precisou de uma cirurgia para reconstrução dos membros queimados.

Foto: Reprodução TV Anhanguera

Fonte: G1 Goiás