Empresa de turismo é suspeita de aplicar golpes em centenas de clientes em Goiânia

Prejuízo pode chegar a R$ 1 milhão; advogado do proprietário diz que cancelamentos aconteceram por causa de ação de recuperação judicial.

Ao menos 100 clientes já procuraram a Polícia Civil nesta sexta-feira (14) para denunciar que foram vítimas de um golpe praticado por uma agência de turismo em Goiânia, mas a estimativa é que o número de clientes insatisfeitos passe de 300, conforme a A Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).

A policial civil Magda Zuza afirma que pagou mais de R$ 24 mil em pacotes para Dubai e para Maceió. A primeira viagem, marcada para o início do ano, foi adiada para o fim deste mês. Já o passeio para o nordeste deveria acontecer no mês de setembro, mas ela teme que todo o investimento seja perdido. “Fora estas viagens, a gente tem despesas pessoais, que nós gastamos”, desabafou a policial em entrevista à TV Anhanguera.

A London Tour tem sede no Setor Sul, na capital. Segundo a corporação, a empresa vende pacotes nacionais, internacionais e tem forte presença no turismo religioso. Os clientes que denunciaram problemas em seus pacotes alegam que foram comunicados do cancelamento de suas viagens com a justificativa de uma ação de recuperação judicial ingressada pela empresa.

Em nota à TV Anhanguera, o escritório de advocacia que responde pela instituição reconheceu que clientes tiveram viagens canceladas em virtude da “ crise econômico-financeira” enfrentada pela empresa. Disse ainda que “está procedendo com as medidas necessárias” ao cumprimento dos contratos “da forma menos gravosa possível” e que  os cancelamentos aconteceram por causa de uma ação de recuperação judicial.

No entanto, a defesa não respondeu se o dinheiro será devolvido. A Polícia Civil investiga se a empresa está enfrentando um processo de falência e se houve o crime de estelionato.

Segundo o delegado Webert Leonardo, tantos as vítimas quanto os responsáveis pela London Tour serão ouvidos ao longo desta semana. Surpresa Como a empresa oferece vários pacotes de viagens internacionais para destinos com tradições religiosas, ela usava como meio de anúncio sites de igrejas, além de fazer divulgação durante as celebrações.

A bióloga Simone Pelles foi uma das vítimas. Ela já tinha feito várias viagens para fora do Brasil com a mesma empresa e nunca teve problema. Agora, com pacote pago para a Alemanha há um ano, ela descobriu que não vai poder viajar. “Para a gente foi uma supresa. Ninguém esperava. Durante um ano eu paguei esta viagem. Durante um ano eu fiquei esperando, ansiosamente, para não dar em nada”, desabafou.

Fonte: O Popular

 

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