Relatório sigiloso da SSP aponta para possíveis ataques do PCC em Goiás

A movimentação dos criminosos teria iniciado no Presídio Estadual de Anápolis onde, no sábado (2), o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) usou balas de borracha para impedir o início de uma rebelião.

Emitido no domingo (3), um relatório de acesso restrito da Gerência de Inteligência Estratégica da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás reconhece a possibilidade de ataques da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) contra instituições policiais, bancos e transporte coletivo na capital, podendo afetar cidades do interior onde o grupo domina alas de presídios. A movimentação dos criminosos teria iniciado no Presídio Estadual de Anápolis onde, no sábado (2), o  Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) usou balas de borracha para impedir o início de uma rebelião.

No relatório, os investigadores afirmam que cidades para onde foram transferidos membros da facção merecem atenção das autoridades para possíveis ataques. São citados os municípios de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Goianésia, Goiatuba, Morrinhos, Rio Verde, Catalão, Jataí, Itumbiara e Mineiros. A Gerência de Inteligência lembra ainda que houve investidas violentas do PCC em Minas Gerais, mais precisamente em municípios do Triângulo Mineiro, como Uberaba, Uberlândia e Alfenas. Nessas localidades ônibus do transporte coletivo foram incendiados e efetuados ataques a  bancos.

No sábado, familiares e advogados de detentos que cumprem pena no Presídio de Anápolis ficaram o dia todo na porta da unidade em busca de informações sobre o estado de saúde de alguns presos. Na sexta-feira (1º), parte dos presidiários se rebelou porque houve falta de água e o que foi oferecido não tinha qualidade, segundo os advogados. Alguns deles se recusaram a voltar para as celas após o banho de sol e entraram em conflito com agentes penitenciários. O Gope foi chamado e na ocasião os policiais usaram balas de borracha causando ferimentos em 16 detentos. Eles foram ouvidos pela Polícia Civil e submetidos a exame de corpo de delito.

Nota da SSP 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás confirmou a veracidade do relatório e informou que ele foi elaborado “a partir de informações recebidas sobre a possibilidade de ocorrência de atos de violência que poderiam colocar em risco a sociedade e alertou todas as forças para redobrarem a atenção no combate ao crime”. De acordo com a SSP, as forças de segurança em Goiás “têm obtido êxito na ações para coibir o avanço da criminalidade em nosso Estado” e ressalta que “os ataques ocorreram em outros Estados, não sendo registrados em Goiás”.

Fonte: O Popular  Malu Longo malu.longo@opopular.com.br

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