Colóquio Nacional da História da Loucura na Luta Antimanicomial e pela Saúde Coletiva. 16 a 20 de Maio 2022

: YouTube UFG Oficial

16 a 20 de Maio 2022

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coloquio iptsp 16-5-22

IPTSP promove Colóquio Nacional da História da Loucura na Luta Antimanicomial

Evento on-line acontece nos dias 16 a 20 de maio 

O projeto de extensão “Memória da Saúde Mental em Goiás” do departamento de Saúde Coletiva do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), promove de 16 a 20 de maio de 2022, o Colóquio Nacional da História da Loucura na Luta Antimanicomial e pela Saúde Coletiva, cujo tema é “Retrocessos fascistas e avanços do neoliberalismo imperialista no desmonte da Reforma Psiquiátrica e da Saúde Pública”. O evento será transmitido das 19h às 22h, pelo Canal da UFG Oficial, no YouTube. Também estão na organização do evento o Grupo de Pesquisa em História da Loucura – La Folie, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) e o Sarau (R)Existimos: “Tecendo prosas, versos, cantorias e autonomias como cuidado em saúde mental”, projeto coordenado pelo curso de Psicologia  da Faculdade de Educação (FE/UFG).

O evento comemora a data 18 de maio, ocasião do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que se caracteriza pela luta dos direitos das pessoas com sofrimento mental. Coordenado pela  professora do IPTSP, Larissa Arbués Carneiro, vinculada ao departamento de Saúde Coletiva, o projeto “Memória da Saúde Mental em Goiás”, visa ser um espaço de interlocução, sistematização e visibilidade da Memória da Saúde Mental no estado de Goiás, e seus eixos de atuação envolvem: a conservação, guarda e apoio a salvaguarda de documentos históricos da Saúde Mental em Goiás; o  Museu Virtual da Saúde Mental, exposições temporárias e mostras itinerantes abertas ao público e ainda a formação, educação, produção e divulgação acadêmica sobre a Luta Antimanicomial e ainda sobre a Reforma Psiquiátrica em Goiás.

A professora Larissa Arbués explica que os temas do Colóquio aliam o passado e o presente para ajudar a refletir sobre o futuro da política de saúde mental no Brasil e da luta social em torno do tema. “O manicômio de hoje é sinônimo da, ainda, exclusão, preconceito, falta de acesso à cuidados e todos os desafios para se garantir cidadania às pessoas com demandas de saúde mental. É muito mais que questionar e denunciar as violências de dentro dos muros das instituições que cerceiam a liberdade e que, por incrível que pareça, ainda é uma denúncia necessária. Achávamos que havíamos superado nesses mais de 30 anos de luta antimanicomial no país e 21 anos de Reforma Psiquiátrica, instituído pela lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que reorientou nosso modelo de atenção em saúde mental, mas não foi bem isso”, finaliza Arbués.

A luta antimanicomial no Brasil, possui dois marcos históricos importantes no ano de 1987: o Encontro Nacional de Trabalhadores de Saúde Mental e a Conferência Nacional de Saúde Mental e que resultou na mobilização do movimento, propiciando assim, mudanças fundamentais dos tratamentos de saúde mental. A atividade é aberta para a comunidade acadêmica e público geral, os interessados podem fazer a inscrição, que é gratuita, por esse link.

Contribuição

O evento também integrará com o Sarau (R)Existimos, que é uma articulação  do Centro de Convivência e Cultura Cuca Fresca de Goiânia, da Associação de Usuários dos Serviços de Saúde Mental, do Coletivo Desencuca e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS/SUS) de Goiás. O Sarau é coordenado pela professora Gardênia de Souza Furtado Lemos, do curso de Psicologia  da Faculdade de Educação (FE/UFG).

O “Sarau (R)Existimos. Tecendo prosas, versos, cantorias e autonomias como cuidado em saúde mental” é um coletivo de usuários, trabalhadores, docentes e discentes da UFG que propõem  valorizar, visibilizar e defender os serviços e equipamentos de saúde pública e de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a professora  Gardenia de Souza Furtado Lemos, a atual conjuntura sanitária, econômica, política e social do país, evidencia ainda mais a desigualdade social ao tempo em que ressalta a fragilidade das políticas públicas de proteção social. “Em relação aos serviços públicos de saúde mental, além das dificuldades inerentes à situação da condução da pandemia, e o subfinanciamento estatal, ainda são frequentes a incompreensão ou o desconhecimento acerca do modelo de cuidado em saúde mental em liberdade, ofertado pelos serviços e equipamentos da RAPS, com destaque aos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), e este evento coloca luz a toda essa discussão”.

O “Sarau (R)Existimos ainda busca estimular, por meio da pintura, da escrita, da música, dos sons e da poesia, entre outros, que as pessoas possam se expressar, fortalecer os vínculos comunitários e sociais, promovendo saúde, manutenção e desenvolvimento da autonomia, da liberdade ao mesmo tempo em que se pretende fomentar o conhecimento científico crítico e a formação acadêmica diversa e socialmente referenciada.

Fonte: UFG