Criminosos aperfeiçoam golpe do PIX intermediando negociações de veículos

Modus operandi ocorre quando o criminoso entra na negociação, se passando por intermediário com chave PIX de outra pessoa   

A facilidade em se vender veículos pela internet ou redes sociais e receber instantaneamente por meio do PIX, tem feito pessoas caírem em novos golpes. A delegada da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), Carla de Bem, lotada em Goianira, alerta para o perigo em fechar uma negociação com intermédio de terceiros e transferências para contas de uma quarta pessoa, que também pode ser vítima do criminoso.

Normalmente, o modus operandi dos criminosos consiste na “clonagem” de anúncios verdadeiros na web, informando um valor mais abaixo do mercado, e negociando tanto com comprador quanto com vendedor. Com o proprietário, ele se mostra interessado no veículo, mas que está adquirindo para um parente, que na realidade é uma pessoa interessada na compra. Então, ele convence a pessoa a fazer um PIX, em uma conta de outra pessoa, que, em muitos casos, emprestou o número da chave, o golpista recebe o dinheiro e some.

Nesse caso, na polícia ou na Justiça a situação fica difícil de resolver, pois o suspeito de aplicar o golpe simplesmente “passa a não existir”. A orientação da polícia é que a pessoa não faça nenhuma transferência para contas de estranhos à negociação. Outro aviso é que jamais se empreste conta bancária para recebimento de valores a terceiros, “pois isso também pode gerar  responsabilidade criminal por estelionato”.

Confira a orientação da PC-GO para não cair no golpe do PIX:

1 – Não negocie com intermediários em sites de compra e venda na internet, negocie apenas com o responsável pelo anúncio é proprietário do bem;
2 – Não efetue pagamentos em nome de terceiros , apenas pague para o vendedor e em caso de automóveis ao proprietário da automovel (nome que aparece no documento);
3 – Não forneça dados a terceiros à negociação;
4 – Nunca empreste conta bancária para terceiros receberem quaisquer valores;
5 – Havendo dúvidas acerca da negociação, não a finalize sem orientação.

 

 

 Por Nielton Soares dos Santos para Jornal opção