Draco apresenta caso resolvido de quadrilha que fraudou 11 vestibulares de medicina
A Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) apresentou, na sexta-feira (07), a elucidação das investigações relativas a uma quadrilha investigada desde setembro do ano passado, especializada na fraude de vestibulares de medicina. Cinco pessoas foram presas durante a Operação “Monge”, assim batizada em homenagem a um estudante o qual, pelo exceço de esforço, foi assim apelidado e, devido à frustração causada pelo fato de não conseguir ser aprovado no vestibular para o curso de medicina, cometeu suicídio. Apenas durante o período das investigações, estima-se que a organização criminosa tenha movimentado cerca de R$ 5 milhões;
De acordo com a autoridade policial que presidiu as investigações, delegado Cleybio Januário, a quadrilha atuava por meio do aliciamento de estudantes universitários e profissionais deamplo conhecimento em disciplinas isoladas, que formavam o programa utilizado para a elaboração das provas dos certames. Esses membros da quadrilha faziam inscrições nas universidades e realizavam as provas. As respostas obtidas a partir da prova eram repassadas aos candidatos via ponto eletrônico ou celular.
Ainda segundo o delegado, eram cobrados de R$ 80 mil a R$ 100 mil por candidato. Pelo que foi apurado, a quadrilha atuou em 11 estados e também no Distrito Federal. Descobriu-se também que 110 pessoas têm participação comprovada na fraude, incluindo aí candidatos e seus pais. Além disso, ficou comprovado também que mais de 50 pessoas atualmente cursando faculdades de medicina de maneira fraudulenta a partir da ação da quadrilha.
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