Goiás tem mais de 100 golpes pela internet por dia; veja como se proteger

Goiás tem, em média, mais de 100 golpes pela internet por dia, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). De janeiro a abril de 2022, foram 12.839 casos registrados. A Polícia Civil diz que um dos principais meios de evitar fraudes é adicionar a verificação em duas etapas nos aplicativos do celular.

Redes sociais e aplicativos de celulares são alvos de golpistas — Foto: Vitor Santana/g1

Os golpes mais aplicados são o do novo número, a invasão de contas de redes sociais e a troca do número de telefone para outro chip sem autorização das vítimas.

No primeiro, o golpista usa um número desconhecido e coloca o nome e foto de uma pessoa e entra em contato com familiares dela pedido transferências bancárias. Nesse caso, a melhor maneira de não ser vítima de um crime é desconfiar da mensagem e sempre ligar para a pessoa que aparece na foto ou até mesmo fazer uma chamada de vídeo, confirmando a identidade da pessoa.

Veja como evitar golpes em redes sociais e Whatsapp

Veja como evitar golpes em redes sociais e Whatsapp

Invasão de redes sociais

Já na invasão de contas como Instagram e Facebook, os criminosos fazem anúncios de vendas de produtos que não existem e recebem dinheiros de pessoas interessadas em comprar os itens. Para evitar isso, o delegado Daniel José da Silva Oliveira, responsável pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, orienta que as pessoas baixem no celular um aplicativo de autenticação.

“A principal forma é ativar a verificação de duas etapas vinculada a um aplicativo autenticador. E é preciso desvincular essa verificação das linhas telefônicas para que ela não ocorra por SMS ou por ligação telefônica”, explicou.

Delegado fala como evitar golpes por redes sociais e telefone

Delegado fala como evitar golpes por redes sociais e telefone

Troca de número

Em um modelo de estelionato mais recente, a vítima tem o número telefônico transferido para um outro chip sem autorização. Com isso, os golpistas conseguem solicitar a mudança de senha e verificação de dois fatores.

Quando ela está vinculada ao número do telefone, eles conseguem receber o código enviado e acessar redes sociais e outras contas, como aplicativos de investimento ou sites de compra.

Por isso, é necessário que a verificação em dois fatores aconteça com o uso de um aplicativo de autenticação. Assim, só é possível acessar usando o próprio celular.

“Nessa modalidade, 100% das vezes é falha da operadora. Na maioria das vezes é por conta de um funcionário que entrou no esquema criminoso. Em outras, o golpista tem acesso à senha de um funcionário ou então se passa pelo titular da linha e faz as migrações”, disse.

Nesses casos, o delegado recomenda também que as vítimas entrem na Justiça contra a sua operadora para serem indenizadas, pois não há qualquer conduta da vítima que facilitou o crime.

Como denunciar

 

O delegado de crimes cibernéticos explicou que, caso a pessoa tenha sido vítima, a primeira coisa a se fazer é reportar o crime na própria plataforma, seja aplicativos de banco, redes sociais ou sites de compra. Quanto mais pessoas reportarem, mais rápido as empresas tendem a tomar uma providência.

“São empresas privadas, com sedes no exterior e não costumam atender os pedido das delegacias. Até na perda de perfil, muitas pessoas procuram as delegacias achando que vai ter alguém que vai conseguir retomar, mas elas precisam seguir o passo a passo das próprias plataformas”, disse Oliveira.

O delegado explicou que quem for vítima do crime e tiver prejuízos financeiros devem procurar as delegacias dos bairros com os comprovantes, falando qual a conta beneficiária, os valores, e registrar o golpe. Também há a opção de registro online da ocorrência.

“Os casos de maior complexidade ou com prejuízo acima de 15 salários mínimos vão para a delegacia de crimes cibernéticos”, completou.

Fonte: Por Vitor Santana, g1 Goiás