Médico goiano é preso na frente de pacientes por intermediar comércio de cocaína entre traficantes
Polícia Civil informou que o endocrinologista fez também o transporte da droga entre Goiânia e Brasília.
O médico endocrinologista Maikow Luiz de Araújo, de 36 anos, acusado de associação para o tráfico, foi preso na terça-feira (15), em seu consultório no Terraço Shopping, na Octogonal, em Brasília (DF). Segundo o delegado Leonardo de Castro, o médico goiano intermediava o comércio de cocaína entre traficantes do DF e Goiás.
De acordo com a Polícia Civil do DF, ele já chegou a ganhar R$ 3 mil em uma única transação e também já fez o transporte da droga entre Goiânia (GO) e Brasília. Luxo Além de médico, Maikow é formado em farmácia e atende clientes de alto poder aquisitivo, onde cobra R$ 600 por consulta.
O delegado contou que o profissional era muito bem relacionado e era visto em festas da alta sociedade com mulheres bonitas e em carros luxuosos. Investigação Após as investigações, o mandado de prisão contra Maikow foi expedido em julho, mas ele teria ficado sabendo e conseguiu fugir. Por fim, os policiais marcaram uma consulta com ele e conseguiram prender o goiano. “O que nos chamou atenção é que ele não precisava entrar no crime. Tinha muitos pacientes, vida estável.
Em depoimento, ele negou envolvimento com o tráfico. Disse apenas que conhecia os traficantes da época de escola, que costumava beber cerveja e ir para algumas festas com eles”, disse o delegado. Segundo o policial, teria ainda confessado ser usuário de drogas. “Ele negociava os valores com os traficantes e o modo de entrega. Conseguimos flagrar duas negociações em que ele saiu ganhando R$ 3 mil e R$ 1 mil em cada uma”, informou Leonardo de Castro.
A droga era destinada a abastecer, principalmente, a Asa Norte da capital federal. Médico da família Antes de trabalhar na rede privada, Maikow atendia no Centro de Saúde 4 de Planaltina, como médico da família, e também deu plantões do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A Secretaria de Saúde esclareceu que o médico está desligado da rede pública de saúde desde 2015 e que ele tinha duas matrículas, uma de temporário e outra no programa Mais Médicos.
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