MP de Goiás oferece 11º denúncia contra João de Deus por crimes sexuais
Além disso, contra o médium há outras duas por posse ilegal de armas de fogo
A força-tarefa do Ministério Público do Estado (MP-GO) oferece nesta segunda-feira (2) a 11ª denúncia contra João Teixeira de Faria, de 78 anos, o João de Deus, por crimes sexuais. Além disso há outras duas por posse ilegal de armas de fogo. Esta nova denúncia envolve quatro vítimas, uma do Rio Grande do Sul, duas da Bahia e uma do Distrito Federal. Além disso, outras sete pessoas foram ouvidas como testemunhas, já que os crimes estão prescritos.
No início de novembro, o médium foi condenado pela Justiça de Goiás a quatro anos de prisão em regime aberto pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. A decisão é da juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, da comarca de Abadiânia, cidade em que ele realizava atendimentos espirituais. Ana Keyla Teixeira, mulher do líder religioso, também respondia ao processo e foi absolvida.
A condenação é a primeira de João de Deus, que está preso desde dezembro do ano passado. O processo em que o réu foi condenado corre em segredo de Justiça. A defesa informou que teve acesso à sentença e que duas penas foram impostas ao líder da Casa Dom Inácio de Loyola. Ele foi condenado a um ano detenção em regime aberto por posse de arma de fogo de uso permitido e a três anos, também em regime aberto, por posse de arma de fogo de uso restrito.
Na época, o advogado Anderson Van Gualberto de Mendonça afirmou que iria recorrer da decisão, pois o médium segue preso mesmo com a definição de pena em regime aberto. “Foi imposto o regime aberto para o cumprimento da pena e, mesmo assim, a juíza manteve a prisão de João de Deus. Em um nítido contrassenso, aplicou regime mais brando (aberto) e impôs a prisão em regime fechado ao meu cliente”, disse o defensor, em nota.
Mesmo com o cumprimento de pena em liberdade, relativa aos crimes de uso de armas, João de Deus não deve deixar o sistema prisional. Isto acontece porque a detenção dele se deve também a outros mandados de prisão preventiva.
Fonte/Foto: Jornal O Popular.