Operação Plublicanus Corruptus: Polícia Civil investiga esquema de corrupção fiscal na prefeitura de Nova Crixás

Durante a Operação Plublicanus Corruptus foram cumpridos quatro mandados de buscas

Os policiais civis da Subdelegacia de Polícia de Nova Crixás deflagraram, na manhã dessa terça-feira (24), a Operação Plublicanus Corruptus. A operação investigou a prática dos crimes de corrupção passiva e excesso de exação, além de outros crimes praticados por servidores da Coletoria, departamento da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Nova Crixás (GO), quanto à cobrança do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) dos contribuintes desse tributo.presos-crixas-500x272

As investigações comprovaram que era enviado aos contribuintes, pela prefeitura, uma notificação informando sobre a cobrança de ITR. Em seguida, Sinomar Godois, funcionário da prefeitura responsável pelo ITR, de posse de informações sigilosas obtidas em decorrência de sua função, enviava aos contribuintes uma “cartinha” oferecendo os serviços de sua empresa EDM Consultoria, que seria especialista em ITR e está situada em uma residência em Morrinhos, onde supostamente funciona.

Ao entrar em contato com o telefone da empresa EDM ou ao procurar a Coletoria, departamento responsável pela cobrança do ITR na prefeitura, os contribuintes/vítimas eram atendidos por Sinomar que, muitas vezes na presença de Euvaldo Aparecido, fiscal de arrecadação e tributos, afirmava ter sido contratado para “derrubar” todos os laudos e que a única saída seriam “recursos administrativos” e que somente ele poderia ajudar pois ele seria o único responsável pelo ITR.whatsapp-image-2019-09-24-at-13.40.47-500x375

Durante a Operação Plublicanus Corruptus foram cumpridos quatro mandados de buscas, sendo dois deles em Morrinhos, na casa do investigado Sinomar e na empresa EDM, além de outros dois em Nova Crixás, na casa de Edvaldo e na prefeitura municipal.

Além dos crimes acima mencionados, Euvaldo Aparecido e Sinomar Godois ainda responderão por peculato, violação de sigilo fiscal, advocacia administrativa, associação criminosa, peculato eletrônico e falsidade ideológica.

A operação teve o apoio da Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Porangatu, da Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Caldas Novas e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3) e do Ministério Público Estadual.

Fonte: Polícia Civil do Estado de Goiás.