Polícia Civil confirma adesão a campanha contra machismo

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A Polícia Civil de Goiás confirmou, na manhã desta quarta-feira (22), a adesão à Campanha “Menos Rótulos, Mais Respeito”, criada por quatro procuradoras de Goiás com o objetivo de combater o machismo no ambiente de trabalho. A parceria foi selada em reunião na sede da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás (Apeg), com a presença da delegada Lílian Sena, corregedora da Polícia Civil, representando o delegado-geral, Álvaro Cássio.

Na ocasião, a corregedora falou da disposição da Polícia Civil em aderir ao movimento, que começou com mídia espontânea até que uma publicitária foi contratada para torná-lo mais amplo. Assim, foi criada uma página no Facebook e, já no mês de março, estão previstas divulgações via outdoors e anúncios em ônibus. “No ambiente policial, o machismo também acontece. Por isso, nossa participação é tão importante”, resumiu.

A delegada Silvana Nunes, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Goiás (Sindepol), lembrou que a Polícia Civil em Goiás precisa avançar nas políticas de combate a atitudes machistas, embora esteja bem avançada em relação a outros estados da federação. “Já tivemos, por exemplo, mulheres em cargos de chefia importante, mas ainda ocorrem casos, principalmente, quando envolve posição de hierarquia entre o assediador e a assediada”, comentou.

Segundo a procuradora Poliana Julião, as situações de machismo envolvem assédio moral, psicológico e material, no ambiente do trabalho. “É mais comum do que se imagina. Se a gente conseguir ao menos constranger determinadas atitudes, já estaremos ganhando”, pontuou. Poliana lembrou que, nesse caso específico, é necessário uma mudança de cultura, que vai gerar resultados a longo prazo.

De acordo com a procuradora Carla von Bentzen, existe imputação de marcas depreciativas à mulher, pelas adjetivações de “periguete, interesseira, gordinha, brava, histérica”. Como se não bastasse, a ascensão profissional raramente é vista como fruto de competência e dedicação.  Ranking divulgado pela ONG Save the Children mostra que o Brasil está entre os 50 piores países do mundo para se nascer mulher, de um total de 144 analisados, estando atrás de nações como o Paquistão. O lançamento oficial da campanha acontece no dia 9 de março, no auditório da OAB Goiás, que também abraçou o movimento.IMG-20170222-WA0023 menos-rotulos

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