Sexo oral e relações sem camisinha estão disseminando supergonorreia, diz OMS

Cepas resistentes aumentam temor de especialistas da Organização Mundial da Saúde

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a prática de sexo oral tem produzindo uma espécie de gonorreia mais resistente e agressiva: a supergonorreia é mais resistente às bactérias e de difícil tratamento. A doença pode infectar genitais, garganta e reto.

Os agentes da OMS têm se preocupado principalmente com a gonorreia que infecta a garganta.

Responsável pelo informe da OMS, Teodora Wi diz que a infecção pode tornar-se intratável: “A gonorreia é uma bactéria muito esperta, toda vez que você introduz uma nova classe de antibióticos para tratá-la, a bactéria adquire resistência”.

A característica de “super” se explica por conta da grande capacidade de resistência e da gravidade.

O micro-organismo aumenta sua força frente aos antibióticos, pois estes remédios são administrados com menor dosagem para tratar a garganta.

Wi explicou que nos Estados Unidos a resistência decorreu do tratamento da infecção de faringe em “homens que faziam sexo com homens”.

O que provoca a doença 

A gonorreia surge a partir da ação da Neisseria gonorrhoea, que motiva sintomas como o aparecimento de uma secreção verde ou amarela nos órgãos sexuais, sangramentos e dor durante a micção. O sexo sem proteção é a principal causa da doença, que pode levar a infertilidade. Inicialmente, com a criação da penicilina, a gonorreia passou a ser combatida. Mas desde então os antibióticos sofrem para enfrentar a ação bacteriana. É cada vez maior o aparecimento de cepas resistentes que não encontram dificuldades para se proliferar. A redução no uso da camisinha tem provocado o aumento das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), caso da gonorreia.

Postado por Beto Silva em 8 de Julho de 2017 às 00h23
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