Pais de Danilo foram autuados por abandono de incapaz um dia após desaparecimento

 

Com a localização do corpo do garoto ontem, inquérito será transferido, da DPCA, para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios

Delegada Ana Elisa Borges fala sobre a morte de Danilo de Sousa Silva (Foto: Polícia Civil)

Os pais de Danilo de Sousa Silva, de sete anos, que foi encontrado morto na tarde desta segunda-feira (27) em uma mata perto da casa onde ele morava, em Goiânia, foram indiciados por abandono de incapaz no dia seguinte ao desaparecimento do garoto. A revelação foi feita na tarde desta terça-feira (28) pela delegada Ana Elisa Borges, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de Goiânia.

Em coletiva à imprensa, Ana Elisa Borges falou sobre os seis dias de investigações que culminaram, “infelizmente”, segundo ela, com o encontro do corpo do pequeno Danilo. Desde quando tomou conhecimento do desaparecimento do menor, na tarde de quarta-feira (22), a DPCA ouviu parentes, vizinhos, e orientou os Bombeiros nas buscas.

“Não dá para se apontar suspeitos, até porque precisa da perícia descobrir, primeiro, como o Danilo foi morto, mas, em razão do desaparecimento ter acontecido na terça-feira da semana passada, e os familiares só avisarem a polícia na tarde do dia seguinte, pai e mãe foram autuados na Central de Flagrantes, mas liberados logo em seguida, até porque a prioridade era encontrar o garoto com vida. Nosso trabalho termina aqui porque o encontramos sem vida, e neste momento estamos repassando tudo o que já apuramos para nossos colegas da DIH”, relatou, emocionada, a delegada.

Durante coletiva à imprensa, o chefe de comunicação do Corpo de Bombeiros, Fernando Caramaschi, falou sobre os quatro dias de buscas, que foram dificultadas, segundo ele, por informações desencontradas, repassadas por familiares, e vizinhos (veja quadro abaixo). “Pelo local em que encontramos o corpo é praticamente impossível que ele tenha chegado ali sozinho”, pontuou.

Ao final das entrevistas, a Dactiloscopista policial Simone de Jesus falou sobre a importância de todas as pessoas registrarem seus filhos logo após o nascimento. “Nós só conseguimos identificar rapidamente o Danilo porque tínhamos, no nosso banco de dados, a digital dele, colhida quando os pais o levaram, pouco tempo depois de nascido, para confeccionar a carteira de identidade”.

Fonte: Mais Goiás