Equipe da 1ª DDP devolve documentos centenários a Arquivo Histórico de Goiás
A 1ª Delegacia de Polícia (DDP) de Goiânia devolveu, na manhã de segunda-feira (15), uma série de documentos raros que haviam sido furtados do Arquivo histórico de Goiás. A devolução foi feita pela autoridade policial que presidiu as investigações, delegado Luciano Carvalho, ao representante do Arquivo Histórico, professor Vero Aldo Campelo.
De acordo com o que foi apurado em trabalho de investigação, que contou com a liderança fundamental do agente de polícia Bruno Garajal, historiador, o responsável pelo delito foi o acadêmico Tayrone Zuliane de Macedo. Ele se preparava para defender tese de doutorado sobre o panorama histórico da criminalidade do Brasil Central.
Ainda segundo as investigações, a ação delituosa se deu de forma paulatina. Os investigadores da 1ª DDP tiveram a notícia do crime por meio de denúncia anônima, realizada em janeiro deste ano. “Pelo que foi levantado nas investigações, ele (Tayrone) poderia obter as informações constantes dos documentos de várias formas que não a sua subtração do arquivo histórico. Acreditamos que ele optou por retirar os documentos para obter uma certa exclusividade em relação ao tema da tese de doutorado”, relata o delegado Luciano.
Valor inestimável
Os documentos são considerados de valor inestimável, não somente para a história de Goiás em geral, mas para a Polícia Civil em particular. Entre os registros recuperados, encontram-se peças de inquérito policial datadas do início e meados do século XIX. Para o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, Álvaro Cássio dos Santos, a recuperação dos documentos significou a preservação da memória da instituição. “Esses registros são a prova de que nosso trabalho já marca a vida dos goianos de longa data”, ressalta.
O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreti, também destacou a importância da recuperação dos documentos para a preservação da memória da sociedade goiana. “Mais que documentos, esses registros são formas de viver e de pensar que ficaram congelados no tempo, e têm o potencial de nos informar acerca de como era a visão de mundo de nossos antepassados, que vivem por meio dos vestígios que deixaram e assim se apresentam para nós”, comenta o gestor.
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