Liberação de corpos só após identificação oficial

Os professores Milena Barbosa de Melo, de 33 anos, e Antônio Vidal da Silva, de 36, foram mortos no dia 27 de agosto do ano passado, dentro da casa da professora, em Águas Lindas de Goiás, a 200 quilômetros de Goiânia, no Entorno do Distrito Federal.

Os corpos foram colocados dentro de um carro e sobre ele, o ex-marido de Milena, o sargento aposentado da Polícia Militar do Distrito Federal Orlando Bernardino de Melo, ateou fogo a um colchão embebido de gasolina. Os corpos foram carbonizados e mesmo sabendo quem eram as vítimas, foram encaminhados ao Instituto Médico Legal apenas com o número de seus prontuários.

Trazidos de Águas Lindas de Goiás para Goiânia, os cadáveres foram analisados. A história dela foi recuperada, a família teve condição de enterrar os restos mortais e o inquérito sobre o duplo assassinato qualificado por motivo torpe, meio que impossibilitou a defesa das vítimas e por meio cruel, foi possível a partir da identificação do corpo dela. O corpo de Antônio Vidal ainda não foi identificado. “Estamos usando a mesma técnica para tentar identificá-lo”, contou Antônio Maciel Aguiar Filho, diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil.

Orlando Bernardino de Melo confessou o crime e foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em janeiro deste ano. Na segunda-feira, 13, acontece audiência de instrução e julgamento do caso na 1ª Vara Criminal do Fórum de Águas Lindas.

Peregrinação

O pedreiro Davidson Rogério da Silva Gomes foi morto a facadas no dia 25 de janeiro deste ano em uma boca de fumo na Chácara do Governador, em Goiânia. Pai de três crianças, a mais nova com 4 meses, estava no terceiro casamento. Era usuário de crack. A mãe dele, a funcionária pública estadual Maria Alice Rosa da Silva Gomes, de 52, não consegue ficar mais em casa. Passa os dias com a família em outra cidade.

Na quarta-feira falou com O POPULAR. Ela estava na cidade com o marido peregrinando de órgão em órgão para conseguir emitir o atestado de óbito do filho. “A carteira de identidade queimou com ele. Pediram o documento no cartório. Estamos nos sentindo humilhados com essa situação”, contou.

 

Fonte: https://www.opopular.com.br/editorias/cidade/libera%C3%A7%C3%A3o-de-corpos-s%C3%B3-ap%C3%B3s-identifica%C3%A7%C3%A3o-oficial-1.1224558

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