MP recomenda à Polícia Civil mais rigor em apurações de mortes de civis pela PM

Ministério Público solicita que as investigações ocorram de forma mais célere

 

Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou que a Diretoria-Geral da Polícia Civil (DGPC) apure com mais rigor casos de mortes de civis durante ações da Polícia Militar (PM) no Estado. O órgão emitiu o documento justamente por causa do aumento deste tipo de ocorrência.

Desta forma, o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) recomendou ao diretor-geral Alexandre Pinto Lourenço que investigações relacionadas ocorram de forma mais célere, desde a comunicação dos fatos à autoridade policial até a conclusão por parte da polícia judiciária. Entre as sugestões, está a emissão de uma portaria sobre o tema para todos os delegados da PC no Estado.

Assinam o documento: o coordenador do NCAP Felipe Oltramani, o subcoordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, Luís Antônio Ribeiro Júnior, e o membro do NCAP, Sávio Fraga e Greco.

Outros pontos

No documento do MP há a recomendação para o comparecimento pessoal da autoridade policial ao local dos fatos logo da comunicação da ocorrência. E, ainda, que seja providenciando o isolamento e a requisição das perícias necessárias; bem como o exame necroscópico de forma obrigatório e o exame interno do corpo da vítima, mais documentação fotográfica.

A recomendação solicita as autoridades comuniquem, em até 24h, o fato ao Ministério Público e que o inquérito policial seja instruído com imagens e movimentação das viaturas envolvidas na ação. O texto também recomenda a apreensão e exame pericial das armas de fogo dos os agentes envolvidos. A medida visa fomentar políticas públicas de combate à letalidade policial.

 

RECOMENDAÇÃO Nº 02/2022

 

(Foto: Jucimar Sousa – Mais Goiás)