Operação Impius: Polícia Civil prende o maior estuprador em série de Goiás

Suspeito foi detido pela Polícia Civil (Foto: Polícia Civil )

Suspeito foi detido pela Polícia Civil (Foto: Polícia Civil )

“Encontramos o mesmo perfil genético de uma mesma pessoa em vítimas diferentes de estupros

A Polícia Civil de Goiás prendeu, na última semana, Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, suspeito de 47 estupros na qual exames periciais de DNA já confirmaram ser ele o autor dos crimes sexuais contra 22 vítimas praticados entre 2008 e 2019, apenas em Goiás. Considerado o maior estuprador do Estado e um dos maiores do Brasil, ele foi detido durante a Operação Impus, que foi assim batizada em razão do nome em latim significar perverso.whatsapp-image-2019-09-19-at-11.10.57-500x333

Os crimes cometidos por ele foram investigados por uma força-tarefa da 2ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Aparecida de Goiânia, que contou com o auxílio da Polícia Ténico-Científica. A investigação foi feita com trabalho de inteligência, coleta de declarações das vítimas e análise do “modus operandi” do autor. Entre os crimes investigados, está o de uma mulher em maio de 2011 e da sua bebê de apenas 5 meses, no Jardim Ipanema, em Goiânia.

Foram mais de 40 dias de operação. Cerca de 50 integrantes das forças policiais atuaram de forma integrada. “Encontramos o mesmo perfil genético de uma mesma pessoa em vítimas diferentes de estupros. Há quatro anos, coletamos vestígios de uma vítima e inserimos no banco genético. Dois anos depois, vestígios encontrados em outra mulher vítima de estupro coincidiram com a amostra anterior. Outras vítimas compatíveis apareceram”, destacou o superintendente de Polícia Técnico-Científica, Marcos Egberto Brasil de Melo.

O secretário de Segurança Pública Rodney Miranda voltou a defender a integração entre as forças policiais. “Essa operação demonstra, mais uma vez, que o trabalho conjunto é o melhor caminho para coibir a criminalidade. Portanto, em Goiás, as polícias vão continuar atuando juntas para retirar criminosos das ruas e evitar que novas ocorrências sejam cometidas”, afirmou.

O titular da SSP também defendeu o endurecimento da legislação. “É preciso garantir que esse tipo de criminoso seja, de fato, punido. Se ele voltar para as ruas, certamente vai cometer outros crimes. Vamos acompanhar o cumprimento da pena que lhe for aplicada para que ele não saia do presídio”, assegurou. Somadas as penalidades de todos os crimes, a pena pode chegar a 600 anos de prisão.

De acordo com a investigação, Wellington Ribeiro anunciava um assalto, obrigava as vítimas a subirem em sua motocicleta e então as levava para lugares distantes e inabitados onde praticava os crimes. Com uso de uma arma de fogo, ameaçava mulheres e não retirava o capacete para dificultar a identificação. Ele já foi detido outras vezes e no Mato Grosso chegou a ser condenado a 57 anos de prisão.

Em 7 de maio de 2011, Wellington foi preso em flagrante por ter estuprado uma mulher e por fazer sexo oral em sua bebê de apenas 5 meses, no Jardim Ipanema. Na abordagem, ele se apresentou com nome falso de Sérgio Rodrigues da Silva, mas acabou descoberto. Como ele possuía procedimentos penais por roubo, estupro e homicídio em Mato Grosso, foi transferido para o Estado vizinho, tendo em vista que a pena seria maior. Porém, em 20 de novembro de 2013, fugiu da penitenciária.

Vários casos entorno do Wellington Ribeiro surpreendem, “aos 22 anos, ele chefiava uma associação criminosa. Em um dos casos, ele matou a ex-mulher e dois filhos dela. Chegamos a conclusão de que ele despreza as mulheres como um todo. As vítimas de estupro eram filmadas para que não denunciassem”, ressaltou o delegado Carlos Leveger.

Wellington Ribeiro da Silva foi preso no último dia 12 de setembro, em flagrante, por uso de documento falso e por estar com uma motocicleta com restrição de roubo, além de possuir mandado de prisão em aberto. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva após audiência de custódia. Ele foi detido em uma via pública, no Setor Veiga Jardim, Aparecida de Goiânia, próximo ao Anel Viário.

 

Fontes: O Popular e Polícia Civil do Estado de Goiás